
Nesta quinta-feira (30/10), durante uma sessão na Câmara Municipal de Sorocaba, as vereadoras Iara Bernardi (PT) e Fernanda Garcia (PSOL) expressaram forte indignação em relação à operação policial que resultou em cerca de 120 mortos no Rio de Janeiro. As parlamentares classificaram o ocorrido como uma “chacina” e solicitaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
No entanto, o pedido foi negado pelo presidente da Casa de Leis, Luís Santos (Republicanos), sob a justificativa de que um ato semelhante já havia sido realizado anteriormente.
De acordo com as informações da fonte sorocabanices.com.br, as vereadoras ressaltaram a gravidade do número de mortos e criticaram veementemente a forma como a operação foi conduzida, apontando-a como um exemplo de violência policial e desrespeito aos direitos humanos. A atitude das representantes políticas de Sorocaba gerou um debate acalorado no ambiente legislativo, despertando reflexões sobre a postura das autoridades diante de ações policiais controversas.
Vereadores de Sorocaba negam minuto de silêncio para ação policial com mortes no Rio de Janeiro
A vereadora Iara Bernardi afirmou que a negativa do minuto de silêncio por parte da presidência da Câmara de Sorocaba reflete a falta de sensibilidade em relação às vidas perdidas e à dor das famílias afetadas. Ela destacou a importância de prestar homenagens e solidariedade em momentos de tragédia, demonstrando empatia e respeito pelos cidadãos que foram vítimas da violência.
Por sua vez, a vereadora Fernanda Garcia enfatizou a necessidade de se posicionar contra a violência policial e defender os direitos fundamentais dos indivíduos, independentemente de quaisquer circunstâncias. Ela ressaltou a importância de questionar as práticas policiais que resultam em um elevado número de mortes, buscando alternativas para promover a segurança pública de forma justa e respeitosa.
A recusa do minuto de silêncio solicitado pelas vereadoras de Sorocaba levantou questões sobre a postura das autoridades locais diante de eventos que geram comoção e debates sobre a atuação policial. A decisão do presidente da Câmara de negar o pedido das parlamentares evidenciou divergências de opinião sobre como as instâncias governamentais devem lidar com situações de violência e violação de direitos.
Em contrapartida, a negativa do minuto de silêncio também pode ser interpretada como uma medida para manter a imparcialidade e a neutralidade institucional, evitando manifestações que possam polarizar o ambiente legislativo. Nesse sentido, a atitude do presidente da Câmara de Sorocaba pode ser vista como uma tentativa de preservar a ordem e a objetividade no exercício das atividades parlamentares.
Diante desse cenário, é fundamental promover o diálogo e o debate construtivo entre os vereadores, a fim de buscar soluções que respeitem os diferentes pontos de vista e garantam a representatividade e a dignidade das vítimas de violência. A atuação dos legisladores locais reflete não apenas as demandas da sociedade, mas também a responsabilidade de zelar pelos princípios democráticos e pelos direitos humanos.
Em momentos de crise e controvérsia, como o ocorrido na operação policial no Rio de Janeiro, a postura dos representantes políticos ganha ainda mais relevância, pois são eles os responsáveis por defender os interesses da população e promover a justiça social. A recusa do minuto de silêncio solicitado pelas vereadoras de Sorocaba destaca a complexidade e a sensibilidade envolvidas na abordagem de questões que afetam diretamente a vida e a segurança dos cidadãos.
Portanto, é fundamental que os debates e as ações no âmbito legislativo se pautem pelo respeito à diversidade de opiniões, pela busca de soluções justas e pela defesa intransigente dos direitos humanos. A recusa do minuto de silêncio na Câmara de Sorocaba evidenciou a importância de se discutir e refletir sobre as práticas policiais, a segurança pública e o respeito à vida, reiterando a necessidade de um posicionamento ético e responsável por parte das autoridades constituídas.

Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.







