Saneaqua vai fazer desassoreamento da represa para evitar falta de água em Mairinque

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Saneaqua Vai Fazer Desassoreamento Da Represa Para Evitar Falta De Água Em Mairinque

A Prefeitura de Mairinque está empenhada em ampliar a capacidade de armazenamento da Represa do Fiscal, principal fonte de abastecimento de água do município. O prefeito Eduardo Thomaz anunciou que está em negociação com a concessionária Saneaqua para viabilizar o desassoreamento do reservatório, medida considerada essencial para garantir o fornecimento hídrico à população e reduzir os riscos de escassez.

A proposta surge após o município ter decretado Estado de Calamidade Hídrica no dia 15, em decorrência da queda acentuada no volume de chuvas — cerca de 40% abaixo da média histórica — e da redução crítica no nível da represa. Segundo Thomaz, o manancial é responsável por abastecer aproximadamente 40% da cidade, e sua eficiência depende diretamente da preservação das nascentes que o alimentam. “Com o avanço de loteamentos irregulares, muitas dessas nascentes foram destruídas, comprometendo o sistema de abastecimento”, alertou o prefeito.

Apesar das chuvas recentes terem restaurado temporariamente o nível da represa, a administração municipal mantém atenção redobrada à situação. O decreto de calamidade foi revogado, mas as ações preventivas continuam em vigor, incluindo o monitoramento constante do reservatório e a busca por soluções estruturais.

Entre as medidas em estudo está a reformulação do contrato de concessão com a Saneaqua, que deverá incluir cláusulas obrigando a empresa a realizar o desassoreamento e a ampliação do reservatório.

“Estamos lutando para garantir que esse investimento seja feito com respaldo jurídico. O Ministério Público está nos apoiando, e acreditamos que esse projeto será concretizado”, afirmou Thomaz em vídeo publicado nas redes sociais.

Fiscalização e combate a irregularidades

O prefeito também reforçou a importância da fiscalização contra práticas que comprometem o ciclo hídrico da cidade, como o represamento ilegal de água e a expansão de loteamentos clandestinos. “Produtores com outorga devem permitir que a água siga seu curso até a represa. Quem não tem autorização e interfere no fluxo será autuado”, destacou.

Thomaz fez um apelo à população para que colabore com denúncias de irregularidades, especialmente aquelas que envolvem crimes ambientais como o fechamento de leitos de rios e a destruição de nascentes. “Essas ações afetam diretamente o abastecimento de toda a cidade. Precisamos da ajuda de todos para proteger nossos recursos hídricos”, concluiu.