Polícia investiga casal que atua como falsos dentistas em bairro nobre de Sorocaba

Investigações tiveram inicío no final de dezembro de 2023

Polícia Investiga Casal Que Atua Como Falsos Dentistas Em Bairro Nobre De Sorocaba
Delegacia De Sorocaba.

Uma operação elaborada por policiais do 3º DP, sob comando do delegado Mário Ayres, está apurando ação de um casal de Sorocaba, interior de São Paulo, por atuarem na cidade como falsos dentistas.

As investigações na operação, denominada Tiradentes, conta com o apoio da Vigilância Sanitária.

Em suma, o casal usa nomes de empresas registradas legalmente para atrair pessoas interessadas em implantes de próteses fixas ou removíveis. Para realizar o procedimento, os supostos dentistas cobravam altas quantias e submetiam suas vítimas a extrações dentárias desnecessárias antes de realizar o serviço. O resultado, entretanto, era ruim para os pacientes.

As investigações tiveram início no final de dezembro de 2023, após o Conselho Regional de Odontologia fazer uma denúncia para Polícia Civil. Os agentes da Polícia Civil realizaram então mandados de buscas em dois endereços, sendo o primeiro em um prédio comercial de alto padrão no bairro nobre do Campolim, além de outro espaço no centro da cidade.

Nos dois locais foram apreendidos muitos prontuários médicos e equipamentos de uso de dentistas profissionais. Próteses e moldes de pacientes também foram apreendidas.

A Vigilância Sanitária também constou diversas irregularidades nos locais e fez a interdição das então clinicas.

“Como provas, temos fotos dos dois indivíduos em atendimento. Um dos pacientes, com mais de 70 anos e diabético, teve todos os dentes superiores extraídos para colocar prótese, no entanto, sua arcada dentária não está cicatrizando”, disse o delegado Mário Ayres.

O delegado Mário Ayres disse que é importante a manifestação das vítimas, e que elas registrem o caso na delegacia, pois até o momento apenas quatro vítimas registraram o caso. Por fim, o casal pode responder pelos crimes de estelionato e lesão corporal dolosa, com penas de cinco a oito anos.