MP-SP investiga Prefeitura de Sorocaba por superfaturamento na compra de lousas digitais

Mp-Sp Investiga Prefeitura De Sorocaba Por Superfaturamento Na Compra De Lousas Digitais
Prefeitura De Sorocaba.

O Ministério Público de São Paulo abriu, na manhã desta segunda-feira (13), um inquérito para investigar um suposto superfaturamento na compra de lousas digitais pela Prefeitura de Sorocaba, em 2021.

Segundo o MP-SP, a compra das lousas para as escolas municipais custou cerca de R$ 46 milhões de reais, e a empresa envolvida é a Educateca Serviços Educacionais, de Praia Grande, na Baixada Santista.

No total, a Prefeitura comprou 1200 lousas digitais, e um dos envolvidos é o ex-Secretário de Educação Márcio Carrara, também suspeito de superfaturar a compra de kits de robótica, e sobretudo, o MP investiga se ambos os casos possuem alguma relação.

Outra evidência é que no Portal da Transparência da Prefeitura consta que a Prefeitura gastou cerca de R$ 46 milhões, mas segundo o Portal G1, o valor verdadeiro repassado para a empresa foi de R$ 31,2 milhões.

Inlcusive, os investigadores descobriram que a Educateca também possui parcerias com outras Prefeituras, como Indaiatuba, por exemplo, que gastou apenas R$ 14 milhões com a compra das lousas digitais, 80% a menos do que gastou a Prefeitura de Sorocaba com o mesmo produto.

Além disso, a Prefeitura de Sorocaba também é acusada de irregularidades na licitação com a Educateca, incluindo na compra de projetores e módulos de processamento, que segundo o MP, essas aquisições poderiam ser feitas por meio de outra licitação ou com outras empresas que não fossem a citada no esquema.

Aliás, a denúncia aponta que a Prefeitura gastou R$ 8,2 milhões na compra de projetores, custando R$ 5161 a unidade, sendo que no Mercado, eles não passam dos R$ 3 mil.

O que dizem a Prefeitura e os envolvidos?

Em nota ao G1 Sorocaba, a Prefeitura negou os fatos apresentados, mesmo com o Portal da Transparência dizendo o oposto. Inclusive, ela disse que está acompanhando as investigações e apresentará sua defesa em tempo oportuno.

Já os envolvidos, o prefeito Rodrigo Manga e o ex-secretário Márcio Carrara optaram pelo silêncio e não se manifestarão até serem indiciados. Do mesmo modo, a Educateca disse não saber do caso, mas disse que ajudará nas investigações.