Polícia Federal agora está de olho em irmão de Rodrigo Manga, prefeito de Votorantim

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Polícia Federal Agora Está De Olho Em Irmão De Rodrigo Manga, Prefeito De Votorantim

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) acatou uma denúncia e abriu formalmente uma investigação contra o prefeito de Votorantim, Weber Manga (Republicanos), devido à controversa compra de uniformes escolares. A apuração, aberta na quinta-feira (11/12) e conduzida pelo promotor Josmar Tassignon Junior, se baseou em reportagens do Portal Porque e em uma representação protocolada por um morador.

Gasto milionário e suspeita de superfaturamento

A denúncia centraliza-se na aquisição de uniformes feita em 2024. A Prefeitura de Votorantim gastou R$ 7,7 milhões para atender 11 mil alunos, valor que corresponde a mais do que o triplo do despendido no ano anterior. Em 2023, a administração havia gasto R$ 2,4 milhões para atender 13.610 alunos, por meio de três contratos distintos, todos resultantes de licitação.

A compra em 2024 foi realizada por meio de adesão a uma Ata de Registro de Preços de um consórcio intermunicipal do Mato Grosso (Vale do Cuiabá), apesar de a fornecedora final ser a empresa Cb News Comercial, sediada em São Paulo.

O morador Johnny Vasque utilizou a reportagem do Porque, publicada em 4 de agosto, como subsídio para ingressar com a representação por suspeita de superfaturamento junto ao MP e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) no dia 6 de agosto.

TCE suspende pagamento

Devido à representação, o TCE suspendeu o pagamento à fornecedora dos uniformes.

Além da discrepância de valores, a qualidade dos uniformes fornecidos gerou uma onda de reclamações. Em reportagem de 19 de agosto, o Porque destacou relatos de pais e alunos que apontavam a péssima qualidade do material. Entre as queixas, estavam:

  • Costuras que rasgavam após poucos dias de uso.
  • Peças com tamanhos desproporcionais (como mangas inadequadas ao tronco ou pernas de calça de comprimentos diferentes).
  • Tênis que apresentavam sinais de desgaste rapidamente.
  • Camisetas consideradas “totalmente transparentes”.

Uma das mães relatou a incerteza sobre como e quando as trocas dos itens defeituosos seriam realizadas.

A complexidade do caso aumentou no final de agosto, quando a TV Tem e o G1 veicularam reportagens revelando que a pessoa listada como proprietária da empresa fornecedora, apesar dos valores milionários envolvidos no contrato, residiria em um bairro carente de Diadema e levaria uma vida simples.

Procurada para falar sobre, a Prefeitura de Votorantim não se pronunciou sobre.