
Na década de 80 e 90 era muito comum encontrar aparelhos de TV, rádios, rádios relógios entre outros aparelhos eletrônicos da marca CCE na casa de muitos brasileiros. A marca a época era muito popular por ter produtos mais acessíveis comprado a outras marcas vendidas em grande lojas de departamento.
Com o tempo, a marca ganhou apelidos como “Começou Comprando Errado” e “Conserta, Conserta Estraga”. Apesar dessas brincadeiras, a CCE se destacou por oferecer produtos eletrônicos com preços mais acessíveis, conquistando um público amplo no Brasil.
Fundação e Crescimento – CCE
A CCE (Comércio de Componentes Eletrônicos) foi fundada em 1964 por Isaac Sverner, inicialmente com o foco na importação e comercialização de componentes eletrônicos. Nos anos 1980, a empresa passou a fabricar seus próprios produtos, expandindo sua atuação e chegando a milhares de residências no país.
No auge, a CCE produzia videocassetes, televisores, rádios gravadores, equipamentos de áudio modulares e diversos dispositivos portáteis. Além disso, a marca comercializava videogames, eletrodomésticos e até computadores pessoais.
Os produtos da CCE eram frequentemente considerados de qualidade inferior em relação aos concorrentes, mas a empresa se destacava por seus preços competitivos e pela popularidade de modelos multifuncionais, como os sistemas 2-em-1 e 3-em-1, e rádios relógios que foram um grande sucesso na época.
Destaques e Inovações
Entre os produtos mais memoráveis, um videogame semelhante ao Atari, lançado nos anos 1980, ganhou certa notoriedade. A CCE também entrou no mercado de computadores com modelos como o MC-1000, uma alternativa econômica ao CP400 da Prológica, e o Exato, no padrão Apple II.
A empresa inovou ao lançar o único videocassete “player” do Brasil, projetado exclusivamente para reproduzir fitas pré-gravadas. Apesar de ser mais barato que os modelos tradicionais, o produto não alcançou o sucesso esperado.
Parcerias e Expansão
Durante os anos 1970, a japonesa Kenwood forneceu tecnologia para diversos equipamentos da CCE, que inclusive fabricava e comercializava produtos sob essa marca. Já entre 1996 e 2002, a empresa fabricou sistemas de áudio (micro-systems) da Aiwa, outra marca japonesa de renome.
Em 2012, buscando ampliar sua presença no mercado, a Lenovo adquiriu a Digibrás, controladora da CCE, por R$ 700 milhões, tornando-se a terceira maior fabricante de eletrônicos no Brasil, com 7% do mercado. Contudo, a parceria foi desfeita em 2015, e a marca voltou ao controle da família Sverner por meio do grupo Digibrás.
Encerramento das Atividades
O grupo Digibrás, responsável por desktops, notebooks, celulares e outros eletrônicos, manteve a marca ativa por algum tempo. No entanto, atualmente, a CCE encontra-se com suas operações suspensas, marcando o fim de uma era.
Você também pode gostar de:

Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.