Jovem mata padrasto por ele beijar sua mãe em noite de natal no interior de São Paulo

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Jovem Mata Padastro Por Ele Beijar Sua Mãe Em Noite De Natal No Interior De São Paulo

O que deveria ser um brinde à vida e ao recomeço transformou-se em luto no primeiro minuto deste Natal (25/12), em Jaguariúna, no interior de São Paulo. No bairro Vila 7 de Setembro, a celebração de uma família foi bruscamente interrompida quando um gesto simples de afeto — um beijo de “Feliz Natal” entre um casal — desencadeou um ataque violento que resultou na morte do auxiliar técnico de informática Leandro Flaeschen Moreira, de 40 anos.

O autor da agressão, segundo registros da Polícia Civil, foi o enteado da vítima, Caio César dos Santos Bartolomeu, de 18 anos. Movido por um sentimento de ciúmes que nutria pelo relacionamento da mãe, o jovem atacou o padrasto com um canivete no momento em que a família se reunia para a ceia.

O peso da dor e do trauma

O cenário descrito pelas autoridades é de profunda tristeza. A mãe do jovem e companheira da vítima, a autônoma Sidnéia Gonçalves dos Santos, de 50 anos, tentou desesperadamente intervir para salvar Leandro. No esforço de conter o filho, ela também foi ferida, apresentando cortes nas mãos que simbolizam a tentativa instintiva de defesa diante do horror.

No centro dessa tragédia, a vulnerabilidade de uma testemunha silenciosa torna o caso ainda mais doloroso: a filha de Leandro, uma adolescente de 16 anos com autismo (nível de suporte II), presenciou todo o ataque. Em estado de choque e sem reação, ela precisou do amparo do Conselho Tutelar e foi encaminhada a um lar temporário enquanto aguarda o acolhimento de outros familiares.

Vizinhos ajudaram a família

A vizinhança, despertada não pelos fogos, mas por gritos de socorro, encontrou uma cena desoladora. Leandro não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. Após a agressão, Caio fugiu, mas foi localizado horas depois pela polícia após ter sido agredido por populares.

No momento da detenção, o jovem apresentava dificuldades na fala e estado confuso, impossibilitando o interrogatório imediato. A arma do crime, um canivete de quase 10 centímetros, foi apreendida.

A Justiça converteu a detenção em prisão em flagrante, e o jovem agora responde por homicídio qualificado por motivo fútil, além de quatro acusações de lesão corporal contra os demais presentes. Enquanto o processo judicial avança, resta a uma família o silêncio de um Natal que nunca terminou e a difícil tarefa de lidar com as marcas invisíveis de uma noite de violência.