Ao longo do ano, o Jornal Correio do Interior destacou, por mais de uma vez, a situação de mulheres que foram roubadas ao serem abordadas por criminosos na passarela de pedestres dos bairros Vila Barreto e Granada, às margens da Rodovia Raposo Tavares.
Na manhã de sábado (27/12), por volta das 4h30, o fato aconteceu novamente. Uma mulher que passava pela passarela da Vila Barreto, cruzando no sentido do bairro ao outro lado da rodovia, foi abordada por um homem de baixa estatura e moreno. Ele vestia um moletom de cor preta desbotada, com aspecto de velho, e usava capuz. O indivíduo afirmou ser do “corre” e exigiu o celular e dinheiro para não fazer nenhuma “maldade”.
“Corre” é uma expressão usada no mundo da criminalidade para indicar que a pessoa pratica atos ilícitos ou comete crimes, geralmente roubos.
Assustada, a mulher, que iria embarcar em instantes em uma van para trabalhar em um centro logístico na região de Araçariguama, entregou ao homem sua bolsa com todos os pertences: celular, marmita, carregador e produtos de higiene.
Ela informou ao Jornal Correio do Interior que não havia dinheiro com ela; por isso, não hesitou em entregar a bolsa com seus itens, temendo que algo pior pudesse acontecer. Assim que recebeu a bolsa, o homem correu em sentido à Estrada do Sertanejo. A vítima não soube dizer se ele estava acompanhado, apenas que desapareceu rapidamente. Ela contou ainda que o ponto de ônibus estava vazio e que a van passou poucos minutos após o ocorrido. Ao embarcar, relatou o assalto ao motorista, mas seguiu para o trabalho por estar em período de experiência, já que conseguiu o emprego recentemente em um mutirão de vagas.
Por ora, ela informou que bloqueou o IMEI do seu aparelho celular e buscou atendimento por meio da delegacia online. A vítima destacou que sua maior sorte foi não ter saído de casa com cartões bancários ou documentos físicos, utilizando apenas documentos digitais, como o RG.
O Jornal Correio do Interior já recebeu inúmeras reclamações de moradores locais sobre a falta de segurança nas passarelas, mas nada foi feito para que ações como essa sejam evitadas. Por fim, fica o questionamento: de quem é a responsabilidade sobre essa situação, da Prefeitura ou da concessionária que administra a Rodovia Raposo Tavares — a CCR Sorocabana?
Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.