Com vacinação em baixa, Campinas (SP) enfrenta aumento alarmante dos casos de Covid

A recomendação é manter o esquema vacinal contra a Covid em dia

Covid Em Campinas
Positividade De Testes De Covid Em Campinas Chega A 40,8%, Nível De Pandemia

Campinas (SP) enfrenta um aumento significativo nos casos e mortes por Covid-19 neste início de 2024, com a taxa de positividade dos testes da doença atingindo um patamar alarmante. Segundo dados do Boletim de Monitoramento de Síndromes Respiratórias, essa taxa chegou a 40,8%, sinalizando a urgência de ampliar a cobertura vacinal na população.

O elevado índice de positividade reflete a intensa circulação do vírus na metrópole, resultado da combinação de aglomerações, especialmente durante o período de carnaval, e da presença de uma subvariante altamente transmissível.

Comparativamente, levantamentos a partir de dados semanais divulgados pela prefeitura desde junho de 2022 revelam que a positividade nunca ultrapassou 40% durante esse período. Em março de 2021, durante a pandemia, Campinas registrou uma taxa de positividade de 44,4% entre as pessoas submetidas ao teste PCR no município.

A alta taxa de positividade indica uma circulação intensa do vírus e destaca a importância das medidas de controle individual, como o cuidado com sintomas respiratórios, e a necessidade de aumentar a cobertura vacinal.

Vacinação em baixa

Em relação à vacinação, dados atualizados da Secretaria de Saúde em Campinas revelam que apenas 23,8% da população acima de 18 anos recebeu a dose de reforço com a vacina bivalente até 8 de fevereiro, enquanto o índice de cobertura para garantir a proteção inicial na população acima de 6 meses é de 85,5%.

A infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, alerta que o cenário atual é propício para um aumento nos casos, com previsão de uma escalada dos números nas próximas semanas. Ela destaca a baixa cobertura vacinal, a presença da subvariante altamente transmissível JN.1 e as aglomerações durante o carnaval como fatores contribuintes para essa tendência.

Stucchi ressalta que a subvariante JN.1 não representa um risco maior de desenvolver uma infecção diferente de outras variantes da Covid-19, mas sua alta transmissibilidade aumenta o potencial de disseminação do vírus, o que favorece o surgimento de novas variantes.