
Um grupo crescente de pais e responsáveis de alunos da rede SESI-SP tem se mobilizado contra o reajuste anunciado para as mensalidades do 6º ano do ensino fundamental em 2026. A medida, considerada por muitos como “abusiva”, tem gerado preocupação e indignação, especialmente diante da redução da carga horária prevista para o próximo ano letivo.
Reajuste inesperado e falta de justificativa
Segundo relatos de famílias afetadas, o aumento foi comunicado sem a antecedência mínima de 45 dias exigida por lei, e sem uma justificativa clara. “Fomos pegos de surpresa. O valor subiu demais, e ainda vão reduzir a carga horária. Isso não faz sentido”, afirma uma mãe de aluno, que preferiu não se identificar. A insatisfação é quase unânime entre os pais, que alegam impacto direto no orçamento familiar.
Em manifestações nas redes sociais e grupos de pais, o tom é de união e busca por diálogo. “Não queremos confronto, queremos clareza, empatia e parceria. Quando escola e pais se unem, quem ganha são os nossos filhos”, diz um comunicado coletivo divulgado por responsáveis.
Resposta oficial do SESI-SP
Em nota divulgada no dia 8 de outubro de 2025, o SESI-SP afirmou que o reajuste faz parte de um plano de equiparação gradual dos valores cobrados para o ensino fundamental II, com início em 2026 para o 6º ano e progressão até 2029 para o 9º ano. A instituição destacou que o aumento para as famílias com filhos no 5º ano em 2025 será de 5,13% sobre o valor atual.
O SESI-SP também reforçou seu compromisso com a qualidade da educação, mencionando projetos como o “Passaporte para o Futuro”, ensino de robótica, estrutura física completa e gratuidade para 49% dos estudantes da rede.
Apesar da justificativa institucional, muitos pais alegam que o reajuste não condiz com a realidade apresentada. “Se a carga horária vai diminuir, por que aumentar a mensalidade? Isso não foi explicado com clareza”, afirma um pai de Sorocaba. A mobilização continua, com pedidos de reuniões, esclarecimentos e revisão dos valores.
A discussão sobre o reajuste das mensalidades do SESI-SP levanta um debate mais amplo sobre o equilíbrio entre sustentabilidade financeira das instituições e o respeito às famílias que confiam sua educação à rede. Para os pais, o que está em jogo não é apenas o valor, mas a transparência e o compromisso com uma educação acessível e justa.

Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.







