Morte de Victoria Natalini, em excursão, segue há 8 anos sem resposta

Victoria Natalini
Victoria Natalini tinha 17 anos.

Victoria Natalini era uma jovem de 17 anos, que morava em São Paulo, e no dia 11 de setembro de 2015, realizou uma excursão para Itatiba, no interior de São Paulo, e terminou com um fim trágico.

Naquele dia, Victória e seus amigos viajaram em uma excursão na Fazenda das Pereiras, onde passaria a semana inteira acampando lá. A viagem teria tudo para ser tranquila, se não terminasse com Victória assassinada, 5 dias após chegar ao local.

No entanto, o que mais chama a atenção é que a Polícia Civil de Itatiba não achou os suspeitos pelo crime, e, além disso, arquivou o caso sem dar nenhuma explicação para a família da vítima.

Bastante revoltados com tamanho descaso por parte dos policiais, os pais de Victória contrataram investigadores particulares, onde descobriram que ela morrera de causas naturais.

Apesar desta descoberta, ainda não se sabe como ela morreu, pois Victória não tinha doenças crônicas e era perfeitamente saudável.

Victoria Natalini o caso não esclarecido…

A excursão em questão era de uma escola particular onde Victória estudava, que contava com 34 alunos e tinha como objetivo fazer com que os jovens aproveitassem mais a Natureza.

Sobretudo, esses passeios eram muito comuns e naquela época, eles tinham a supervisão de 2 professores e 3 técnicos em estudos topográficos.

No entanto, essas excursões tinham uma regra bem rígida: os alunos eram proibidos de levarem celulares, para que pudessem aproveitar a viagem e se desconectarem da tecnologia.

No entanto, no quinto dia de viagem, Victória fazia uma caminhada com seus amigos e decidiu voltar sozinha para ir ao banheiro, e esta foi a última vez que ela foi vista com vida.

Duas horas depois dela voltar até o posto de acampamento, seus amigos estranharam a demora dela em voltar do banheiro. Então eles chamaram os professores. Sem sucesso nas buscas, eles chamaram a Defesa Civil para procurar Victória.

Por volta das 23h, e com os pais de Victória no local, os funcionários da autarquia disseram que Victória desapareceu e que havia suspeita de que ela tivesse sido sequestrada.

Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e encontraram o corpo de Victória 2 dias depois do seu sumiço, já morta e perto da fazenda.

IML diz que jovem teve morte natural

Inicialmente, o IML descartou a possibilidade de Victória ser vítima de crime, já que o seu corpo foi encontrado sem lesões. Sendo assim, eles trataram o caso como morte natural.

Todavia, os pais da jovem rejeitaram esta decisão, afirmando que Victória era saudável e não tinha histórico de doenças. Essa decisão fez com que a Polícia suspendesse as investigações do caso e passasse a considerá-lo resolvido.

Muito indignados com o resultado pericial, seus pais contrataram investigadores particulares que desmentiram o laudo do IML e confirmaram que Victória fora assassinada e com o corpo carregado até a fazenda.

Com esta nova descoberta, o pai da jovem foi até a Polícia Civil da capital, que reabriu as investigações, levando o caso para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

As investigações seguiram até 2016, onde os policiais constataram que Victória morreu asfixiada por sufocamento.

Apesar da descoberta, os pais de Victória sofreram outra decepção, pois ”estranhamente”, a Polícia Civil não deu muita atenção ao caso, e mesmo com as novas pistas, decidiu arquivar o caso e suspender as investigações.

Em nota, a Polícia Civil disse ao Correio do Interior que apurou todos os fatos, e que o caso foi encaminhado para a Justiça, sendo ela a responsável pelo arquivamento.

O que aconteceu até hoje?

  • Mesmo com o caso ”parcialmente encerrado”, os pais de Victória não desistiram da filha e pediram Justiça aos responsáveis.
  • Em 2023, o caso foi parar no Ministério Público de SP, que denunciaram os 2 professores e os 3 topógrafos por abandono de incapaz.
  • Inclusive, o MP-SP já tornou os 2 professores como réus por deixarem Victória sozinha na floresta sem supervisão.
  • Segundo o Código Penal, a pena para este crime é de 4 a 12 anos de prisão, com pena aumentada pelo caso de Victória ter morrido.
  • Em nota, a escola em questão lamentou o ocorrido e disse que colabora com as investigações. O Correio do Interior tentou entrar em contato com a defesa dos réus, mas não houve retorno.