Campinas registra o maior pico semanal de óbitos por Covid-19 desde dezembro de 2022

Já são 11 óbitos por Covid-19 na cidade contra 12 óbitos em dezembro de 2022

Covid-19 Em Campinas
Subvariante Ômicron Jn.1 Tem Alta Transmissibilidade, Embora Não Tenha Maior Gravidade

Campinas (SP) enfrenta um aumento preocupante no número de mortes por Covid-19, registrando o pico mais elevado de óbitos semanais desde dezembro de 2022. De acordo com os dados fornecidos pelo painel de monitoramento de Síndromes Respiratórias, a cidade contabilizou 11 mortes na semana que se encerrou em 25 de fevereiro, uma cifra apenas ligeiramente inferior aos 12 óbitos registrados aproximadamente um ano e dois meses atrás.

Este crescimento no número de infectados coincide com o período subsequente ao carnaval e ao retorno das atividades escolares, momentos marcados pela intensa movimentação de pessoas e pela disseminação acelerada do vírus, especialmente da subvariante Ômicron JN.1. Esta situação elevou a taxa de positividade dos testes de Covid-19 para 43,9%, um nível anteriormente visto apenas no auge da pandemia.

Desde o início do ano, a metrópole já soma 4.713 casos confirmados de Covid-19 e 20 falecimentos. Importante ressaltar que todos os casos de morte foram de pacientes com mais de 40 anos e comorbidades pré-existentes, conforme apontam os registros da Secretaria de Saúde.

Escassez de vacinas contra Covid-19

Neste contexto de escalada de casos e óbitos, Campinas lida com a escassez de testes diagnósticos de Covid-19 na rede pública e a insuficiência de doses da vacina bivalente contra a doença, que está em falta em aproximadamente 20% dos Centros de Saúde da cidade. Dados atualizados da Secretaria de Saúde, até 8 de fevereiro, indicam que somente 23,8% da população adulta recebeu o reforço com a vacina bivalente, que está disponível para moradores a partir dos 12 anos.

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que tanto os testes quanto as vacinas dependem das entregas realizadas pelo governo estadual, as quais não ocorreram na frequência ou quantidade esperadas.

O cenário atual favorece o aumento dos casos, impulsionado por fatores como a baixa cobertura vacinal, alta transmissibilidade da subvariante JN.1 e a volta às aulas das redes pública e estadual. Embora a JN.1 não represente um risco maior de infecção em comparação a outras variantes, sua elevada capacidade de transmissão sustenta a preocupação com o surgimento de novas variantes, à medida que o vírus sofre mutações para continuar se disseminando.