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“Ela dorme no sofá e mal consegue andar”, relata uma vizinha que ajuda a mulher de 43 anos
27 jun 2019 l Atualização: 27 jun 2019 às 17:19
Na cidade de Capão Bonito, região de Itapetininga, interior de São Paulo, a solidariedade de um grupo de vizinhos, tem chamado atenção de muitas outras pessoas de cidades próximas e também pela internet, ressaltando que a união de fato faz a força.
A união de vizinhos aconteceu para ajudar uma moradora que não consegue andar, levar uma rotina comum dentro de casa como qualquer outra pessoa, por sofrer com um tumor “gigante”. Nem ao menos ela consegue se mover.
Diariamente, um grupo de aproximadamente dez pessoas se reúne para dar banho e também conversar com Marisa Souto Proença, de 43 anos, que tem obesidade mórbida e foi diagnosticada com lipoma, que é um tumor benigno composto por células de gordura.
Marisa afirma que chegou a procurar pelo tratamento e cirurgia, mas como demorou muito o lipoma cresceu.
Brevemente ela relata que diariamente conta com a ajuda dos vizinhos e alguns familiares “Estou contando com a ajuda de vizinhos e parentes, já que moro com meu tio que é idoso e minha filha de 11 anos. São mais de dez pessoas para me dar banho porque eu não consigo levantar”, diz Marisa.
Aos pouco pela cidade, a rede de vizinhos que vai tomando conhecimento da situação, vai ajudando Marisa, caso que aconteceu com a Jaqueline Galvão uma das vizinhas que presta ajuda a Marisa. Ela conta soube do caso a pouco tempo e passou a colaborar com ajuda diária.
O vizinhos contam que ela que deu início ao tratamento, mas a família não tem estrutura para manter o tratamento, por eles serem humildes. Desde 2010, quando descobriu o lipoma e passou a enfrentar dificuldades, era o tio idoso, que sozinho estava cuidando dela, mas ele pediu ajuda para dar banho e fazer curativos, até mesmo por ela ser mulher.
A vizinha Jaqueline diz que ajuda não apenas em auxiliar em ações cotidianas, como banho, limpeza da casa, lavar roupas, mas também em arrecadar materiais de higiene pessoal, como curativos, toalhas e até lençóis.
“É uma situação complicada. Ela dorme no sofá e as refeições são no sofá. O que os médicos podem fazer, eles fazem. Tem acompanhamento, enfermeiras de duas a três vezes por semana. Todos os vizinhos também estão engajados. Estamos batendo de porta em porta para ajudar.”
Segundo o médico Bruno Augusto, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila São Paulo e acompanha o caso da paciente desde agosto de 2018, para reverter a situação é necessário fazer uma cirurgia para a retirada do lipoma. No entanto, o procedimento é considerado de risco se Marisa não emagrecer nem tomar a medicação indicada corretamente.
“O caso dela atingiu um nível de quilos que nenhum cirurgião ou anestesista consegue operá-la. O risco cirúrgico e pós-cirúrgico é enorme”, explica.
De acordo com ela, o desejo era de ir para um lugar onde fosse internada para receber o atendimento médico necessário.
“Queria um lugar que me internasse porque eu não aguento mais. Tenho medo de passar mal e não ter socorro”, diz.
A prefeitura de Capão Bonito disse que a Secretaria de Saúde e todos os profissionais da atenção básica estão cientes do caso da paciente e que ela recebe atendimento da equipe médica e de enfermagem da cidade. Informou também que a paciente foi “encaminhada para avaliações especializadas, como cirurgião geral, endocrinologista, oncologia, porém todas as guias foram perdidas pela família e pela paciente.
Várias guias foram transcritas mais de três vezes, sendo a última em 26 de abril e 13 de maio, deste ano.
A prefeitura também confirmou que a paciente possui um alto risco cirúrgico se tratando de obesidade mórbida e HAS.
Informou que o caso dela precisa ser avaliado pelo cirurgião geral e anestesista e que a perda de peso é necessária para amenizar os riscos de uma possível intercorrência em tempos cirúrgicos.
Marisa recebe atendimento médico em casa, mas também precisa se deslocar à UBS. Ela conta que não consegue se levantar sozinha e um carro comum não consegue fazer o transporte dela.
“Os bombeiros também me ajudam quando eu preciso ir para um hospital, por exemplo, mas para ir eu preciso sentar no assoalho de uma perua com um colchão”, afirma.
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