Vacinas da AstraZeneca e da Sinovac entram em fase finais de testes e devem ser disponibilizadas para a população em breve

O dia desta segunda-feira (23) foi marcado por boas notícias, em relação às vacinas de Oxford (AstraZeneca) e China (Sinovac), dois dos medicamentos mais promissores contra a COVID-19. Ambos estão em testes finais, e só esperam um aval da Anvisa para serem distribuídos. A tendência é que as campanhas de vacinação de ambas aconteçam nos próximos meses. Confira:

Vacina de Oxford, da empresa AstraZeneca

O imunizante inglês apresentou 90% de eficácia nos últimos testes e a empresa de biotecnologia já solicitou para que a Anvisa já libere a vacina para a população, em caráter emergencial, a partir de janeiro de 2021. Aliás, os representantes da AstraZeneca e e Oxford irão se reunir com o Ministro Eduardo Pazuello, para tratar dessa liberação.

Cerca de 30 milhões de doses devem chegar no Brasil, a partir de janeiro de 2021, e a empresa responsável por sintetizá-la será a Fiocruz. A entidade prevê uma campanha de vacinação anual, com 65 milhões sendo imunizadas no primeiro semestre, e outras 65 milhões no segundo semestre.

Para a vacina fazer efeito, a Fiocruz pretende que a vacina seja aplicada em duas doses para a população, assim como foi feito nos testes: na primeira vacinação, a pessoa receberá meia dose da vacina. Caso não aconteça nenhuma reação adversa, ela deverá voltar em um mês, para tomar a dose inteira. 

Vacina da China, da empresa Sinovac

Já o imunizante chinês já está em fases finais de testes, com previsão de anúncio sobre sua eficácia sendo anunciado, pelo Governo de São Paulo, em parceira com o Instituto Buntantã, no começo de dezembro. A partir disso, o relatório final será enviado para a Anvisa, onde há a tendência de liberação também para janeiro.

A ideia do Buntantã é que pelo menos 50% da população do estado já esteja vacinada no primeiro semestre. Resultados internacionais mostram eficácia de 97%, e o único resultado adverso encontrado foi dor no local da aplicação, semelhante ao da vacina da gripe suína. Vale lembrar que o medicamento está sendo usado, indevidamente, na guerra política entre o Presidente Bolsonaro e o Governador João Dória (PSDB).