4 de fevereiro de 2020 - Atualizado: 04 fev 2020 às 16:32
O Superior Tribunal Federal (STF) negou o segundo pedido de habeas corpus para o ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar, preso em outubro de 2019 acusado de corrupção, após investigação da Polícia Civil que identificou que o ex-prefeito estava exigindo o pagamento de R$ 2 milhões de uma empresa para ter o aval na construção de um conjunto habitacional na cidade.
No dia em que Carlos Aymar foi preso – 14 de outubro, ele estava em uma sala na Prefeitura de Araçariguama para receber uma das parcelas da propina, no valor de R$ 15 mil. Ele foi preso em flagrante junto ao secretário de governo Israel Pereira da Silva.
O pedido feito ao STF, em forma de liminar, já havia sido negado pelo ministro Sebastião Reis Junior em dezembro de 2019.
“No caso é inviável o acolhimento do pedido liminar. A resolução deve ficar reservada ao julgamento definitivo”, diz a justificativa que pondera ainda a conduta de Carlos Aymar como reprovável sob a ótica penal, reforçando a importância da custódia cautelar para manter a ordem pública, tendo em vista que se trata do ex-prefeito e marido da atual prefeita de Araçariguama, Lili Aymar.
A justificativa menciona ainda os antecedentes criminais de Aymar, que dão a indicação de que estando solto, poderá voltar a cometer crimes, inclusive no âmbito da Administração Pública.
“Não bastasse isso, como mais um fator a justificar, a folha de antecedentes dá conta de inúmeras anotações criminais, como processos e inquéritos, com alusão a uma condenação pelo Tribunal Regional Eleitoral. O acusado é esposo da prefeita, afastada cautelarmente, após os fatos, e sua soltura geraria indignação social e afronta a ordem pública, ainda mais diante da gravidade do ato praticado e que foi contra toda a municipalidade”, decidiu a Justiça.
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