25 de maio de 2021 - Atualizado: 08 mar 2022 às 18:30
O Brasil vive atualmente a pandemia de Covid-19, e algumas cidades casos elevados de dengue e chikungunya, no meio dessa situação uma outra preocupação surge e vem se alastrando pela cidade de Paria Grande, litoral de São Paulo, a sarna humana.
Inúmeros casos da doença vêm sendo registrados em favelas e bairros periféricos, da cidade e até mesmo em bairros nobres. Alguns casos são tão graves que precisam de internação com extrema gravidade.
A doença, identificada por feridas na pele que causam coceira, é provocada por ácaros parasitas (sarcoptes scabiei) e piora quando as feridas são contaminadas por infecções secundárias, como as bacterianas.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Praia Grande informou que não é uma doença de notificação compulsória e que, por isso, não há dados. “A escabiose ocorre principalmente em comunidades fechadas e grupos familiares. A transmissão é por contato e, embora seja de fácil transmissão, é limitada pelo número de pessoas em convivência comum. A notificação do número de casos não é necessária, pois não causa epidemias ou surtos de grandes proporções”, afirmou o órgão.
A sarna humana, também conhecida como escabiose, é uma doença infecciosa causada pelo ácaro Sarcoptes Scabiei, que atinge a pele e leva ao aparecimento de sintomas como coceira intensa e vermelhidão.
Esta doença é facilmente transmitida entre pessoas da mesma família através da partilha de roupas, lençóis ou toalhas, por exemplo, sendo, por isso, recomendado evitar o contato direto com a pele da pessoa infectada ou com suas roupas, pelo menos até ao final do tratamento. Embora também seja frequente em animais, a sarna não se pega do cachorro, pois os parasitas são diferentes.
A sarna tem cura através da realização do tratamento indicado pelo dermatologista, que normalmente inclui o uso de remédios como permetrina ou benzoíla, que ajudam a eliminar o ácaro e a aliviar os sintomas da sarna.
A sarna humana é uma doença bastante contagiosa que pode passar facilmente entre pessoas através do contato direto com a pele. Isto acontece porque a fêmea do ácaro Sarcoptes Scabiei vive e deposita seus ovos na camada mais superficial da pele, facilitando a sua transmissão.
Além disso, a doença pode ser transmitida mesmo que não esteja causando sintomas ainda. Assim, mesmo que não existam suspeitas de sarna é importante adotar cuidados que evitam a transmissão deste tipo de doenças, como:
No caso de roupas que não podem ser lavadas frequentemente, uma boa opção é colocá-las no interior de um saco de plástico fechado enquanto não estão sendo utilizadas, pois isso impede que o ácaro se consiga alimentar, acabando por ser eliminado.
O tratamento para a sarna humana deve ser orientado por um dermatologista, pois pode variar de acordo com a gravidade da infestação e do tipo de pele de cada pessoa. No entanto, normalmente é feito com remédios para sarna como:
Geralmente, estes remédios devem ser aplicados em todo o corpo, desde o pescoço para baixo, e devem ficar 8 horas em contato pela pele, sendo, por isso, recomendado fazer o tratamento antes de dormir. Além disso, durante o tratamento é ainda importante manter uma higiene corporal adequada e lavar em água quente todas as roupas, lençóis ou toalhas que tenham estado em contato direto com a pele.
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