O SAAE São Carlos – Serviço Autônomo de Água e Esgoto, abriu um processo administrativo disciplinar para investigar servidores suspeitos de cobrarem para levar água a famílias do Assentamento Nova São Carlos. A denúncia foi feita no último sábado (21) pelo vereador Paraná Filho (Progressistas) em suas redes sociais.
O caso repercutiu na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira (24). O vereador Djalma Nery (PSOL) foi o primeiro a se manifestar, solicitando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Ouvi um áudio supostamente de um servidor pedindo dinheiro para levar água aos assentados durante um período de seca. Desafio o vereador Paraná, pois apenas publicar nas redes sociais não resolve o problema. Peço aos vereadores que instalemos uma CPI para investigar esse esquema”, afirmou Nery.
Durante a sessão, o vereador Bruno Zancheta (Republicanos) informou que o SAAE já havia instaurado o processo administrativo disciplinar, notificando os envolvidos e dando início às oitivas.
Contrário à ideia de uma CPI, o vereador Gustavo Pozzi (Progressistas) sugeriu que os parlamentares encaminhassem um requerimento ao SAAE solicitando detalhes sobre a investigação interna. Pozzi argumentou que o processo administrativo da autarquia deve ser respeitado e descartou a necessidade de uma CPI.
Na denúncia publicada nas redes sociais, o vereador Paraná Filho filmou um caminhão saindo do assentamento e abordou um motorista do SAAE. O parlamentar alegou ter recebido denúncias de que servidores estariam cobrando para abastecer caixas d’água e que possuía provas, incluindo prints de transferências por pix e áudios vazados. Ele ressaltou que o serviço já é pago pelo SAAE e que a conduta dos servidores configuraria crime de concussão, conforme o artigo 316 do Código Penal.
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