24 de agosto de 2021 - Atualizado: 24 ago 2021 às 10:44
O Governo Federal decretou, na noite desta segunda-feira (23), que haverá racionamento de eletricidade no Brasil. Segundo o Ministro Bento Albuquerque, as empresas de grande porte serão as primeiras a entrarem no programa.
A decisão já está publicada no Diário Oficial, e é de extrema urgência, devido ao agravamento da seca no país. A ideia do projeto é que as grandes empresas, ligadas ao setor industrial, reduzem em 80% o consumo de eletricidade, para garantir que a população brasileira não fique sem luz.
Estudos já mostram que se essas medidas de racionamento não forem adotadas o quanto antes, o Brasil pode chegar no Verão com represas completamente secas, e riscos iminentes de apagões, o que seria muito ruim para a Gestão Bolsonaro.
Entretanto, Bento Ribeiro tratou de acalmar a população, dizendo que não irá faltar luz nas casas dos brasileiros. Os setores da Indústria que aderirem ao projeto deverão diminuir o consumo de eletricidade de 4 a 7 horas por dia. Em troca, o Governo dará uma compensação em dinheiro para quem economizar mais.
Com o racionamento de eletricidade, várias Indústrias deverão mudar sua jornada de trabalho, aumentando os intervalos das pausas, para se readequarem à nova realidade, com pouca energia elétrica disponível. Ainda não se sabe se essas mudanças irão afetar os preços dos produtos.
De fato, um apagão no Brasil, e justamente nas regiões que movimentam a Economia brasileira, seria a ”cereja do bolo” para a derrota de Jair Bolsonaro no pleito federal de 2022. Vale lembrar que em 2002, FHC perdeu a disputa para Lula justamente pela inércia do Governo em propor medidas para evitar o Apagão de 2001.
Por conta disso, o Governo Bolsonaro já vem pensando em várias medidas para controlar a crise hídrica, e além do aumento da conta de luz, adotar o racionamento de eletricidade para as empresas industriais é a segunda medida para resolver a questão.
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