Na tarde de quarta-feira (26), o general do Exército boliviano, Juan José Zuñiga, tentou aplicar um golpe de estado na Bolívia. Ele foi até a antiga sede do palácio do governo em La Paz para tentar retirar do governo do atual presidente Luis Arce.
A praça ocupada por tanques e tropas. Um tanque tentou derrubar uma porta metálica do palácio e, posteriormente, e em seguida, o general Zuñiga entrou no edifício.
De acordo com jornais locais, os militares se uniram em ordem do general para “reestruturar a democracia” na Bolívia e exigiu a libertação de opositores presos.
“As Forças Armadas pretendem reestruturar a democracia, que seja uma verdadeira democracia. Não de alguns poucos, não de alguns donos que já têm 30, 40 anos dirigindo o país”, disse o comandante, que imediatamente foi destituído do Exército.
O presidente Luis Arce pediu aos povo boliviano que se lutem contra a tentativa de golpe.
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Quem é o general Zuñiga?
De acordo com o jornal boliviano El Deber, Zuñiga era o Comandante Geral da nação desde 2022. Ele atuou no cargo sendo membro do alto escalão do Exército boliviano até sua demissão nesta semana.
A carreira do militar é cercada de polêmicas e acusações. Evo Morales apontou o nome de Zuñiga por envolvimento em um suposto plano para perseguir lideranças políticas, enquanto ele ocupava o cargo de Chefe do Estado-Maior.
O militar também foi acusado de corrupção devido ao desvio de até 2,7 milhões de bolivianos destinados a programas sociais. Com a repercussão do caso, Zuñiga foi sancionado com sete dias de prisão.
O jornal boliviano El Deber descreveu Zuñiga como um “especialista em inteligência militar” e um “espião a favor do governo”, com conhecimento dos movimentos de políticos bolivianos. Ele ainda teria relação com movimentos sindicais, sendo chamado de “general do povo”.
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