Preço do café teve aumento de 11,36% em apenas um mês em Sorocaba

Pacote Do Café Teve Aumento De 11,36% Em Apenas Um Mês Em Sorocaba

O mais recente boletim da Universidade de Sorocaba (Uniso) revelou que o preço do café foi um dos produtos que mais encareceu na cesta básica de Sorocaba em janeiro de 2025. O preço do pacote de 500g teve um aumento de 11,36% em apenas um mês, passando de R$ 23,22 em dezembro para R$ 25,86 em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi ainda mais expressiva: 50,20%. Esse aumento reflete um cenário global de oferta reduzida devido a fatores climáticos.

No centro da cidade, consumidores sentem no bolso os efeitos dessa alta. O comerciante Daniel de Souza afirma que o café foi o item que mais subiu recentemente. Para lidar com o aumento, a solução tem sido consumir menos.

“Tem que tomar menos, é a única saída, porque não dá para substituir. Você tem que tomar menos”, diz Daniel. Segundo ele, outros produtos também encareceram, mas de forma mais moderada. “Eu sempre tento economizar. Mas, quando a situação aperta, a gente acaba comendo menos e gastando menos. Produtos supérfluos, por exemplo, eu evito comprar. O que eu consumo menos agora? Acho que carne. A carne subiu muito. Antes eu comprava mais, agora só umas duas vezes por semana.”

O professor Celso Mariano Camargo Filho também destaca que o café lidera a alta de preços. “O maior vilão de todos é o café. Está absurdamente caro”, reclama. Ele ainda cita outros itens que pesam no orçamento, como feijão, óleo, tomate e carne.

Além do café, os produtos que mais subiram no último mês foram o vinagre (14,37%), a farinha de mandioca (7,27%) e o frango (5,30%). Por outro lado, a carne de primeira teve uma leve queda de 3,15%, enquanto a carne de segunda registrou redução de 0,87%. Apesar da percepção dos consumidores, a carne bovina, ao contrário do café, não foi um dos itens que mais encareceram na cesta básica em janeiro.

Em contrapartida, alguns alimentos apresentaram quedas significativas no período, como a batata (-19,68%), a farinha de trigo (-9,78%), o biscoito água e sal (-7,05%) e o macarrão (-6,25%).