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População oferece recompensa para quem matar acusado de estuprar criança

Redação

2 de novembro de 2021 - Atualizado: 02 nov 2021 às 18:31

criança-Jovem-Cartaz-Estuprador-Estupro Foto- Divulgação

Um jovem de 19 anos, morador de Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, Paraná vive com medo de ser morto após ter sua foto e informações divulgadas em cartazes que oferece uma recompensa para quem encontrá-lo, apontado como estuprador.

Yann Henrique Schweiger relata que é vítima de uma falsa denuncia que levou as pessoas a acreditarem que ele cometeu o estupro de uma criança de 7 anos de idade, no entanto, o jovem não possui nenhum registro criminal e nem está sendo investigado por nenhum crime.

Os cartazes de “procurado” são de um modelo semelhante ao utilizado no Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, muito diferentes dos modelos do Paraná. Ainda, oferecem uma recompensa de R$ 1 mil para quem tiver informações sobre Yann. Os cartazes não são oficiais da Polícia Civil e descrevem o jovem como “altamente periculoso”.

O jovem tem medo agora de que alguém veja algum dos cartazes e, sem saber que se trata de uma denúncia falsa, tente fazer justiça com as próprias mãos. “Todo mundo sabe, em todo o lugar, o que acontece com estuprador. Se a população pega é linchado, matam, até se cara de facção pega, é morto. Imagina se um cara de uma facção passa, vê isso em um poste, e cinco minutos depois eu passo na frente dele”, pontuou.

Na segunda-feira, quando soube dos cartazes espalhados com a sua foto, Yann tirou um atestado de antecedentes criminais que mostra que o jovem nunca teve problemas com a Justiça.

“Minha mãe já ligou na polícia, a gente já se informou, já puxou minha ficha, meu histórico, não tem nada, não consta nada no meu nome, aí eu não sei o que a pessoa quis fazer com isso”, disse o jovem.

No dia a dia o jovem  tem andado escondido pela cidade e  retirando cartazes de diversos locais espalhados por todo o município, em locais de grande circulação de pessoas e visibilidade, como postes, portas de lojas, bancos e até mesmo na entrada da Prefeitura.

A avó de Yann, Márcia, relatou que o neto agora terá que sair de casa, com medo de que algo possa acontecer para a família, e que todos só querem que o responsável pela falsa denúncia seja identificado. “A pessoa que fez isso é uma pessoa muito maldosa. A gente não consegue nem dormir à noite com o risco que o menino está correndo. A gente quer saber quem fez isso e nós vamos processar para a pessoa aprender, isso não se faz”.

O jovem afirmou que já tem uma suspeita de quem possa ter feito isso e que irá fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil para que tudo seja investigado.

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