
Um policial militar aposentado foi condenado a 29 anos e 10 dias de prisão por orquestrar o sequestro de duas funcionárias de uma empresa de piscinas. O crime ocorreu em junho de 2024 e teve como pano de fundo uma disputa por um serviço não realizado em um sítio da família do policial, localizado em Ibiúna, no interior de São Paulo.
Segundo o inquérito da Polícia Civil, no qual o Jornal Correio do Interior teve acesso, o ex-PM contratou, por R$ 35 mil, uma empresa sediada em Atibaia, interior de São Paulo, para instalar uma piscina em um sítio na zona rural de Ibiúna. No entanto, o serviço jamais foi executado, e o valor pago também não foi devolvido. Irritado com a situação, o policial decidiu se vingar.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 72º Distrito Policial (Vila Penteado), o homem, o policial aposentado, Valtemício Ribeiro dos Santos, reuniu familiares para planejar e executar o sequestro das funcionárias da empresa. Elas foram pegas e levadas a um local não divulgado, onde foram mantidas em cárcere privado sob ameaça de armas de fogo e faca.
Durante o sequestro, o policial aposentado gravou vídeos debochando das vítimas, o que serviu como uma das principais provas do crime. Após serem libertas, as vítimas procuraram a polícia, o que levou à prisão dos envolvidos.
Além do ex-PM, outros sete familiares também foram condenados. Daniele Santos Jesuíno, Auronilce Maria dos Santos, Creusa Aunicea de Jesus, Bruno Santos Gaviolli, Débora Rodrigues Aroxa e Rodrigo Garcia Mendonça receberam penas superiores a 20 anos de prisão, cada um. Eles foram condenados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, roubo mediante grave ameaça, concurso de pessoas e uso de arma de fogo de uso restrito, já que no foi apresentado a Justiça, provas que eles usaram armas para a emboscada.
A empresa de piscinas, por sua vez, alegou em sua defesa que não pôde executar o serviço devido a dificuldades financeiras, o que levou ao encerramento das atividades.
A defesa do policial aposentado tenta recorrer da sentença, alegando excesso na pena e que o cliente não teria intenção de causar dano físico às vítimas.
O caso chocou a comunidade local e ganhou repercussão nacional, sendo classificado pela justiça como um crime cometido com dissimulação, emboscada e extrema violência.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.