2 de junho de 2020 - Atualizado: 02 jun 2020 às 10:39
A expectativa era grande para o anúncio do governador João Doria sobre o Plano São Paulo que determina novas regras da flexibilização da quarentena nesta quarta-feira, 27.
No entanto, o novo enquadramento de flexibilização segue uma série de exigências determinadas pelo governo que a maioria dos municípios não atende e Osasco não se enquadraria para a retomada das atividades do comércio.
No Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas, cada região do Estado se enquadra em uma das 5 fases: 1 vermelha, 2 Laranja, 3 Amarela, 4 Verde e 5 Azul, que foram estabelecidas pelo governo levando em consideração a ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e pela redução dos casos de coronavírus em cada município.
No panorama atual, na fase 2 – Laranja estão: São José do Rio Preto, Araçatuba, Marília, Sorocaba, cidade de São Paulo, Taubaté, Campinas, Piracicaba, São João do Boa Vista, Ribeirão Preto e Franca.
Dependendo da fase em que se encontra o município poderá haver uma flexibilização de alguns setores do comércio.
A mudança de uma fase para outra só pode acontecer após 14 dias com indicadores estáveis. Caso a cidade tenha índices ruins, pode também ocorrer a regressão de fase.
Dentre os requisitos, apresentados no Plano São Paulo, a taxa de isolamento social é apenas um deles.
O mínimo exigido pelo governo é um índice de 55% por um período de no mínimo 7 dias, mas somente 2 dos 104 municípios monitorados cumprem a meta: Ubatuba e São Sebastião. A maioria dos municípios fica entre 40 e 50% segundo o mapeamento do governo.
O município de Osasco, oscila em média, índices de 50% e desde 11 de maio apresenta percentuais abaixo dos 55%, chegando a um de seus piores índices no dia 26 de maio, com apenas de 46% de taxa de isolamento.
Outro ponto analisado pelo governo para que a retomada do comércio aconteça nas cidades, é a desaceleração da pandemia. Ou seja, os números de casos, óbitos e ocupações em UTIs, serão levados em consideração para que haja a possibilidade da flexibilização no comércio.
Porém, Osasco é uma das cidades com mais casos de covid-19 na região. Na quarta-feira, 27, o boletim da prefeitura informou que o município chegou 3554 casos de covid-19 e 301 mortos com uma ocupação de leitos de UTI beirando os 80% o que não facilita o acesso da cidade à flexibilização comercial neste momento.
O prefeito de Osasco, Rogério Lins, discorda da classificação atual da cidade, que segundo critérios do governo está na fase vermelha, ou seja, sem possibilidade de abertura do comércio. Segundo afirmou em sua live na quarta-feira, 27, Osasco atenderia 100% dos requisitos técnicos exigidos para que a cidade seja classificada na fase 2 – laranja, em que é possível o retorno de alguns tipos de atividades como imobiliárias, concessionárias, shoppings centers e comércio, que apesar de poder funcionar, terão horário diminuído e flexibilizado. Lins informou que Osasco e outras cidades da cidade da região como Itapevi, Cajamar, Cotia e Carapicuíba reivindicam uma nova reclassificação de fase junto ao Governo do Estado para que possam reabrir o comércio.
Nesta quinta-feira, 28, os prefeitos destas cidades irão se reunir com representante do governo para apresentar suas reivindicações de reclassificação na retomada das atividades econômicas.
O Plano São Paulo também classifica as cidades por Zonas de Risco que é definida com base na capacidade hospitalar instalada e evolução da epidemia.
ZONAS DE RISCO:
Zona 1- Alerta máximo
Zona 2 – Controle
Zona 3 – Flexibilização
Zona 4 – Abertura parcial
Zona 5 – Normal controlado
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