12 de setembro de 2021 - Atualizado: 12 set 2021 às 11:55
Uma mulher de 39 anos de idade, moradora da cidade de Pecs na Hungria, teve que amputar o braço e perna após ir ao hospital com dor de barriga.
Após a situação o caso de Monika Tothne Kaponya se tornou conhecido e muito discutido em sua cidade e ela acabou sendo entrevistada pelo jornal local – Pecs Aktual, no qual falou do choque em que teve ao ter a informação que teria que ter parte de seus membros do corpo amputados.
Em detalhes ela contou que em janeiro de 2021 começou a sentir fortes dores abdominal (barriga), por longos períodos durante os dias e semanas, assim ela foi até o hospital e descobriu o inesperado.
Após exames realizados os médicos descobriram que seu estômago estava perfurado e rompido e precisaria ser operado com urgência.
A perfuração no abdômen causou diversas situações, como apendicite, úlcera, cálculos biliares e uma lesão. Não ficou claro o que causou o problema de Monika. Com as perfurações, ela desenvolveu sepse, que em casos graves pode levar à perda dos membros.
No caso da Monika, a equipe do hospital descobriu que ela tinha um grau de oclusão vascular em todos os membros, e os médicos não seriam capazes de corrigir o problema e a única opção foi amputar parte do braço e pernas.
A perna direita foi o primeiro membro que Monika perdeu, pouco mais de uma semana depois, a esquerda também passou por cirurgia, e no mesmo dia também teve o braço esquerdo amputado. E após toda essa dramática situação, ainda teve que ser submetida a 16 procedimentos cirúrgicos.
Quando nosso corpo se depara com uma infecção, ele gera uma resposta inflamatória que pode levar a uma série de complicações. Essa é a chamada sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. A sepse é a maior causa de morte nas UTIs, chegando a 65% dos casos, no Brasil.
O corpo humano está sempre se defendendo de agentes externos que podem causar algum dano, como toxinas, bactérias, fungos e vírus. Toda agressão ao organismo provoca uma reação, mas na maioria das vezes, e em condições normais de saúde, é possível se defender desses agentes sem sentir nenhum efeito.
Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos. Os focos de infecção mais comuns são:
Quanto mais tempo levar o diagnóstico, maiores as chances de a sepse levar à morte. O médico avalia o quadro clínico da pessoa e faz exames de cultura de urina, secreções e sangue para investigar de onde vem a infecção. É importante ficar atento aos sinais e sintomas da sepse para procurar ajuda o quanto antes:
– Queda da pressão arterial;
– Temperatura acima de 38ºC ou abaixo de 36ºC;
– Diminuição do volume de urina;
– Falta de ar;
– Aumento da frequência cardíaca;
– Sonolência, confusão mental e/ou agitação;
– Fraqueza extrema;
– Vômito.
A sepse é a maior causa de morte nas UTIs e os grupos que estão mais expostos aos riscos de mortalidade em decorrência da doença são:
– Pessoas que já estão internadas em UTIs ou hospitalizadas por muito tempo;
– Idosos;
– Crianças até um ano de idade;
– Pessoas com doenças crônicas, como AIDS, diabetes, câncer, insuficiência hepática, cardíaca e/ou renal;
– Transplantados;
– Pessoas com grandes feridas causadas por trauma ou queimadura.
Devido à gravidade, a sepse deve ser tratada ao mesmo tempo em que é feita a investigação da infecção. Algumas vezes, os exames não ficam prontos rápido ou não trazem resultados conclusivos, mas o tratamento não pode esperar. Os medicamentos usados são antibióticos e, em casos mais graves e com risco de falência de órgãos, o paciente é tratado na UTI e pode precisar de medicação para manter os níveis da pressão arterial.
As infecções que podem causar a sepse não são adquiridas só em hospitais, portanto os cuidados devem ser mantidos em qualquer situação:
– Lavar as mãos e punhos com sabão ou álcool ao chegar da rua, visitar pessoas doentes ou hospitais;
– Manter a caderneta de vacinação em dia;
– Não se medicar por conta própria, principalmente antibióticos. As bactérias de seu organismo podem adquirir resistência a eles e não haver melhora do quadro em casos de necessidade.
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