Será que Eduardo Thomaz já se rendeu a “velha política”? Ao que tudo indica, o discurso politiqueiro de Thomaz ficou somente na campanha, já decepcionando os eleitores que agora sentem-se enganados pelo atual prefeito. Logo que eleito, imediatamente fez reunião com todos os vereadores, com o ex-prefeito Gemente e diversos empresários que mantém contratos na cidade, o que levanta a seguinte pergunta: “Não eram corruptos? Não eram empresas com contratos irregulares? Não eram a velha política?”.
A reunião com todos os vereadores, foi primeiramente para manobrar todos os vereadores a elegerem o seu principal parceiro político, Rafael da Hípica. Sim, mais um que condenava a velha política, mas que pelo jeito mudou de ideia. Logo após, em estranho clima amigável, fez reunião com o ex-prefeito Gemente, com direito a vídeo, dizendo que estavam preparando a transição de governo. Ficaram amigos de um dia para o outro?
Pouco mais de 2 meses se passaram, e a sensação é de que nada mudou. São as mesmas empresas nos serviços públicos, Santa Casa de São Bernardo (pronto atendimento), Texel (coleta de lixo), Jundiá (transporte), entre outras que o Thomaz vivia criticando quando era candidato. Thomaz não prometeu mudar todas as empresas que eram aliadas a velha política? Não dizia que essas empresas prestavam um péssimo serviço a população? O que será que o fez mudar de ideia agora?
Nessa semana, o prefeito Thomaz mandou para a Câmara um ofício indicando o vereador Tulio Camargo, e Willian Mendes, eleitos com o Gemente, para serem líderes de seu governo. Ué, porque não escolheu o Rogério Mecânico, Galego da Funilaria ou Cris Pneus, eleitos em sua coligação – Não confia neles? Acha que não tem capacidade política? Ou deve favores ao Gemente?
Estranho ainda é que diversos cargos do ex-prefeito Gemente permanecem na administração Thomaz, aliás, nessa semana as contas de 2021 do prefeito Gemente foram aprovadas na Câmara.
Nas redes sociais, apoiadores tem criticado todos esses posicionamentos e decisões de Thomaz, criticando sua aproximação com políticos da “velha política”, que ele mesmo criticava. Aliás, a principal crítica é na escolha de seus secretários, na maioria “forasteiros”, vindos de outras cidades e que não conhecem de fato os problemas de Mairinque – Não tinham pessoas capacitadas em Mairinque? Não haviam apoiadores que merecessem ser secretários?
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Colunista de opinião e contribuinte