Morador de Mairinque encontra cobra em armário de cozinha

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Morador De Mairinque Encontra Cobra Em Armário De Cozinha

Imagine só você acordar cedo e abrir o armário da cozinha para pegar o item necessário para preparar um café e encontrar uma cobra no armário. Pois é, qualquer um levaria um susto de imediato. E esse caso aconteceu em Mairinque e chegou ao conhecimento do Correio do Interior.

Especificamente o caso ocorreu no bairro Flora na manhã de sábado (04/10), no qual o morador, Alex Marques Maraus, surpreendido, disse que mora em uma casa no qual aos fundos do imóvel tem um quintal e uma área de mata, local de onde possivelmente venho a cobra, sendo uma coral.

O dono do imóvel, que disse que com o panico, até esqueceu do café instantes após espantar a cobra com uma vassoura, disse que cobra estava entre potes e uma caneca de alumínio dentro do gabinete da pia, onde ele mantém guardado, utensílios de cozinha em geral, e que o fundo do armário está danificado, o que segundo ele foi um caminho e modo que a serpente teve para entrar no local.

Apesar do susto, Alex, disse que não teve nenhum risco a ele, pois ao abrir o gabinete deu de cara com a cobra, e assim tratou de espantar ela para area de mata. No imóvel mora ele e sua esposa, eles não têm filhos e muito menos animais, o que certamente poderia ser um risco.

A cobra-coral pode ser tanto a espécie verdadeira, altamente venenosa, quanto a falsa-coral, inofensiva e que imita a primeira. A identificação correta é crucial, mas exige cautela, pois há muitas variações. Em caso de dúvida, o animal deve ser considerado perigoso. Alex, entretanto, não soube informar se a cobra é da espécie venenosa ou não, já que existem duas variações da serpente.

Cobra-coral-verdadeira

As cobras-corais-verdadeiras pertencem ao gênero Micrurus e seu veneno é neurotóxico, afetando o sistema nervoso e podendo causar a morte em 24 horas, principalmente se a vítima for uma criança. Elas são responsáveis por menos de 1% dos acidentes com cobras no Brasil. 

Características:

  • Cores: Possuem anéis completos e coloridos (vermelho, preto, amarelo ou branco) que circundam todo o corpo. A combinação e a ordem das cores variam entre as 45 espécies brasileiras.
  • Cabeça: Pequena e arredondada, com olhos pequenos e escuros, e sem o pescoço definido como o da falsa-coral.
  • Hábito: Geralmente vivem escondidas no solo ou sob troncos, e não dão o bote, mas a picada é perigosa.
  • Sem fosseta loreal: Não apresentam um orifício entre a narina e os olhos. 

Falsa-coral

As falsas-corais são uma família de serpentes inofensivas que imitam as corais-verdadeiras para afugentar predadores. Elas não possuem dentes inoculadores de veneno. 

Características:

  • Cores: Os padrões de cores são semelhantes, mas os anéis podem não fechar completamente na barriga e as cores podem ter ordem diferente.
  • Corpo: A cabeça é mais distinta e separada do corpo por um pescoço visível, a cauda é mais longa e fina, e os olhos são maiores. 

Regra popular (e perigosa): Uma regra popular afirma que, se a cor amarela ou branca tocar o vermelho, é uma coral-verdadeira, e se o preto separar o amarelo ou branco, é uma falsa-coral. No entanto, essa regra é falha e não se aplica a todas as espécies no Brasil. Apenas um especialista pode fazer a identificação com segurança. 

Em caso de acidente

Se houver uma picada e você suspeitar que é uma cobra-coral, siga estes passos: 

  1. Mantenha a calma e afaste-se do animal.
  2. Lave o local da picada com água e sabão.
  3. Vá imediatamente para o hospital ou posto de saúde mais próximo, pois o tratamento com soro antiofídico é urgente.
  4. Tire uma foto, se for seguro, ou memorize as características da cobra para ajudar na identificação.
  5. Não faça incisões, não tente chupar o veneno e não use torniquetes.