
A loja Power Cell, que operava no box 5 do Mercado Municipal “Antonio Massei Filho”, em São Carlos, está sendo investigada por suspeita de vender aparelhos de telefonia móvel, principalmente iPhones, sem realizar a entrega. Diversos processos tramitam na Justiça contra a empresa, que pode responder pelo crime de estelionato e por infrações ao Código de Defesa do Consumidor.
Na última sexta-feira (7), um oficial de Justiça esteve no endereço da loja para localizar o responsável, mas encontrou outra empresa do mesmo ramo, que atua no local há pelo menos seis meses. O zelador do Mercado Municipal informou que a Power Cell deixou o espaço há mais de dois anos, e o paradeiro do empresário segue desconhecido.
Uma moradora de São Carlos registrou um boletim de ocorrência após afirmar ter sido vítima de um golpe ao adquirir um iPhone 16 Pro Max na loja. Segundo a denúncia, a compra foi realizada em 16 de janeiro de 2025, pelo valor de R$ 7.812,00, com pagamento dividido entre PIX e cartão de crédito. O vendedor prometeu a entrega em um prazo de 10 a 15 dias, mas o celular nunca foi recebido.
Após várias tentativas frustradas de contato com o lojista, a consumidora descobriu que o endereço cadastrado da empresa na Receita Federal era diferente do local onde a loja operava. Diante da situação, procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de São Carlos. O caso foi encaminhado para investigação em outra unidade, mas até o momento a cliente não recebeu o produto nem foi ressarcida.
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PROCON acompanha o caso
A reportagem tentou contato com o PROCON, que informou já estar atuando no caso e anunciou que divulgará um posicionamento sobre as medidas adotadas nesta quinta-feira (13).
Empresário não se manifesta
A reportagem também tentou contato com o empresário ao longo da tarde de ontem, mas ele não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas pelo WhatsApp. O espaço segue aberto para manifestações.
Direitos do consumidor
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) classifica como prática abusiva a não entrega de produtos adquiridos. Quem se sentir lesado pode adotar as seguintes medidas:
- Registrar uma reclamação no PROCON;
- Formalizar queixa no site Reclame Aqui;
- Entrar com uma ação no Juizado Especial Cível (JEC);
- Registrar uma reclamação na plataforma consumidor.gov.br.
Recomendações para ação judicial
Para buscar reparação, o consumidor deve reunir provas, como mensagens, e-mails, notas fiscais e comprovantes de pagamento. Além disso, pode procurar apoio jurídico por meio de um advogado particular ou da Defensoria Pública. Dependendo do tipo de produto ou serviço, a reclamação também pode ser feita junto a órgãos reguladores.
A Polícia Civil segue investigando o caso.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.