Além das vítimas fatais, havia mais 16 meninos no alojamento da base do Flamengo no dia da tragédia
8 de fevereiro de 2021 l Atualização: 08 fev 2021 às 18:45
O incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, completou dois anos nesta segunda. Na ocasião, 10 adolescentes morreram e outros três ficaram feridos. Os atletas da base do clube mortos tinham idades entre 14 e 16 anos.
Desde então, o clube fechou indenização com 8 das 10 famílias. O último acordo foi fechado em dezembro. Além das vítimas fatais, havia mais 16 meninos no alojamento no dia do incêndio. Destes, sete seguem no clube, entre eles os três que ficaram hospitalizados: Cauan, Francisco Dyogo e Jhonata Ventura.
Como forma de homenagear os jovens e pedir justiça, o Coletivo Gazela Negra, formado por torcedores flamenguistas de todo o País, fez um ato nesta segunda-feira em frente ao centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, na zona oeste da capital carioca. As informações são da Agência Brasil.
O grupo pediu que o Flamengo não jogue mais nos aniversários da tragédia. O coletivo entende que o dia 8 de fevereiro deve ser reservado para homenagens e reflexão.
“Levamos uma faixa com os dizeres ‘pela memória dos garotos, sem jogos dia 8/021’. Também pintamos dez estrelas [no asfalto] em homenagem aos dez meninos para ficarem bem visíveis a todos que chegarem lá, jogadores, comissão técnica, diretoria. A intenção é não deixar esquecer jamais”, disse Rodrigo Baptista, um dos integrantes do Coletivo Gazela Negra.
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público (MPRJ) sobre o incêndio no centro de treinamento do Flamengo e tornou réus os 11 denunciados, incluindo o então presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, no dia 20 de janeiro.
Na denúncia, o MPRJ lista diversas irregularidades cometidas pelos denunciados, como descumprimento de normas técnicas e desobediência a sanções administrativas impostas pelas autoridades.
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