Entenda porque a CBA pode ser vendida para grupo de Dubai – Emirates Global Aluminum

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Entenda Porque A Cba Pode Ser Vendida Para Grupo De Dubai - Emirates Global Aluminum

CBA Pode ser vendida – A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), pertencente ao Grupo Votorantim, está em processo de negociação para uma possível venda integral à Emirates Global Aluminum (EGA). A transação, que envolveria 100% da empresa, ocorre em um cenário desafiador para a CBA, marcado por queda nas ações e dificuldades operacionais.

Cenário atual da CBA e motivação para a venda

A CBA enfrenta obstáculos financeiros significativos, com uma alavancagem próxima de três vezes o seu EBITDA, o que limita sua capacidade de investir em expansão. As ações da companhia acumulam queda de 12% no ano e 35% nos últimos 12 meses, sendo negociadas próximas ao menor valor histórico.

Esse contexto pode representar uma oportunidade para compradores com fôlego financeiro, como a EGA, que poderia aportar recursos e promover uma reestruturação operacional.

Mudança de estratégia do Grupo Votorantim

Nos últimos anos, a Votorantim tem redirecionado seus investimentos, saindo de setores ligados a commodities para focar em áreas com maior potencial de crescimento, como energia. Um exemplo dessa mudança foi a venda de ativos de cimento no norte da África (Marrocos e Tunísia).

Detentora de 69% do capital da CBA, a Votorantim vê na venda uma forma de otimizar seu portfólio e concentrar esforços em segmentos estratégicos.

Interesse da Emirates Global Aluminum

A EGA, controlada pelos fundos soberanos de Abu Dhabi e Dubai, está sendo assessorada pelo banco Morgan Stanley na possível aquisição. A compra da CBA permitiria à empresa ampliar sua atuação internacional e integrar verticalmente sua cadeia de produção — da extração de bauxita à fabricação de produtos acabados.

Esse movimento está alinhado com a estratégia da EGA de diversificar suas fontes de produção e consolidar presença no mercado global de alumínio.

Projeto Rondon: um ativo valioso na negociação

A CBA possui o direito de desenvolver o Projeto Rondon, uma mina de bauxita localizada entre Maranhão e Pará. A produção inicial prevista é de 4,5 milhões de toneladas por ano, com potencial de atingir até 18 milhões de toneladas. O investimento estimado é de R$ 2,5 bilhões, e a empresa contratou a Moelis para buscar parceiros financeiros.

A inclusão do Projeto Rondon na negociação pode elevar o valor da CBA e aumentar o interesse da EGA, já que o projeto representa uma oportunidade estratégica de expansão na mineração.

Reação do mercado

A notícia da possível venda foi bem recebida pelos investidores. As ações da CBA subiram quase 10% no dia do anúncio e abriram em alta de mais 5% no dia seguinte, elevando o valor de mercado da companhia para R$ 2,58 bilhões.

Esse movimento indica que o mercado vê a transação como uma chance de revitalização para a CBA e uma oportunidade de crescimento sob nova gestão.

Resumo das principais questões sobre a venda da CBA

  • Por que a Votorantim está vendendo? Para focar em setores com maior retorno, como energia, e reduzir exposição a commodities.
  • Quem é o comprador? A Emirates Global Aluminum, empresa dos Emirados Árabes controlada por fundos soberanos.
  • Como a situação financeira da CBA influencia a venda? A alta alavancagem e a desvalorização das ações tornam a empresa mais acessível e atraente para investidores com capacidade de reestruturação.