Segundo a pasta ,não há ainda estudo sobre a eficácia de nenhuma das vacinas testadas e aprovadas em crianças
22 de janeiro de 2021 l Atualização: 22 jan 2021 às 16:18
As crianças não serão vacinadas contra a COVID-19, pelo menos por enquanto. Essa decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2020, e até esse mês de janeiro, não há nenhum indício de que esse público-alvo irá receber alguma dose dos imunizantes já aprovados pela Anvisa.
“Nenhum país do mundo tem estudos que mostrem a utilização de vacinação na faixa etária pediátrica. Até onde eu saiba, a gente não viu nenhum trabalho que mostre [a vacinação em crianças] ou nenhuma desenvolvedora que tenha colocado [uma vacina] na fase 3 nessa faixa etária. Nós não temos dados em relação a essa questão”, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, na época.
Essa situação vem preocupado muitos pais e responsáveis de crianças, sobretudo às vésperas do retorno às aulas, que está sendo planejado por diversos governos estaduais. Em São Paulo, por exemplo, esse receio de contaminação obrigou a Secretaria de Educação a anunciar, na tarde desta sexta-feira (22), que a volta das aulas presenciais não será mais obrigatória.
Até o presente momento, o público-alvo da Campanha de Vacinação pelo PNI são os funcionários de Saúde, sendo que os idosos, indígenas, quilombolas e pessoas com doenças pré-existentes, são prioritários. O restante da população abaixo dos 60 anos e sem doenças pré-existentes, como as crianças, só será vacinada assim que a imunização do grupo de risco terminar. Por conta disso, o Ministério estimou que o Brasil demorará 16 meses para imunizar 100% da população.
Até o momento, somente 6 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac foram entregues para os Estados e Municípios. A Anvisa avalia, neste momento, a liberação de mais 4,8 milhões de doses da vacina chinesa e o país aguarda as primeiras 2 milhões de doses da vacina de Oxford, importada da índia. Há um impasse enorme para a compra de maios insumos para a produção de insumo de vacinas com a China, o que deve atrasar ainda mais o cronograma de vacinação no Brasil.
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