
Parece mentira, mas é verdade, no interior de São Paulo, uma conhecida cidade, possui uma lei curiosa que restringe a comercialização e o consumo de uma das frutas mais populares do Brasil: a melancia. A cidade de Rio Claro, localizada a aproximadamente 170 quilômetros da capital paulista, mantém em vigor uma legislação criada há mais de um século que proíbe a fruta.
A norma foi instituída em 30 de novembro de 1894 e consta no primeiro livro de leis do município, preservado no Arquivo Público e Histórico da cidade. Apesar de ainda ter validade oficial, a regra não é extremamente respeitada pelos moradores, que continuam consumindo melancia normalmente.
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Origem da proibição do consumo e venda de melancia
A lei foi criada com a justificativa de que a melancia representava um risco à saúde, sendo associada – de maneira equivocada – à transmissão da febre-amarela no século 19. Mesmo com o avanço da ciência e a comprovação de que a fruta não tem qualquer relação com a doença, a legislação ocorre inalterada.
Neste ano, foram registradas cinco mortes causadas pela febre-amarela no estado de São Paulo, mas nenhuma delas teve qualquer ligação com o consumo da fruta.
Lei ainda pode gerar indenização?
Embora a decisão continue em vigor, na prática, porém, alguém será penalizado por descumpri-la. O Supremo Tribunal Federal (STF) considera que, diante da evolução da sociedade e das leis, a aplicação de punições por esse motivo não faz sentido nos dias atuais.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.