1 de setembro de 2021 - Atualizado: 09 mar 2022 às 10:26
A maior empresa de fabricação e extração de bauxita do Brasil, A Companhia Brasileira de Alumínio – CBA, localizada em Alumínio, interior de São Paulo e que pertence ao grupo Votorantim, anunciou que irá investir R$ 2 bilhões em sua base de operações.
O comunicado foi feiro por Ricardo Carvalho, CEO da companhia. Recentemente a CBA também abriu capital na Bolsa de Valores, em modelo de oferta pública -IPO (O IPO ocorre quando uma empresa decide fazer a abertura de seu capital por diversos motivos, como captar recursos financeiros para financiar novos investimentos da companhia).
Segundo Ricardo Carvalho, a maior parte dos investimentos será na fábrica de Alumínio e os recursos serão captados por meio da oferta de ações da empresa no mercado financeiro, o que deverá gerar empregos e aumento de produção.
“Durante a implantação de novos projetos tanto na CBA, quanto na Metalex, que fica em Araçariguama, deverão ser gerados aproximadamente 1,7 mil empregos, e após a conclusão dos projetos cerca de 350 empregos fixos”, destaca o CEO da CBA.
Na Bolsa de Valores Ricardo Carvalho informou que será negociado 24% das ações da empresa, sendo que os 76% continuam sob controle do grupo Votorantim, que seguirá sendo o maior acionista da CBA Alumínio.
Os investimentos preveem a ampliação, reforma e modernização das linhas dos fornos de produção de alumínio, bem como na atualização da tecnologia utilizada na linha de produção.
“A fábrica tinha 7 linhas de produção, os chamados fornos, mas duas linhas estavam paradas desde a crise energética de 2014, e agora iremos reativá-las, o que deverá aumentar a produção”, destaca Carvalho.
Para produzir alumínio, a empresa faz a extração de toneladas de bauxita, que chegam todos os dias à fábrica da CBA, em Alumínio, vindas das minerações de unidades próprias e de parceiros.
Em seguida, a bauxita é moída e misturada a outros elementos, conseguindo uma forma pastosa e densa. Essa pasta é misturada com soda cáustica a 150ºC e percorre assim as etapas de decantação, filtragem, precipitação e calcinação para se transformar em óxido de alumínio, também chamado de alumina. Então, a alumina é levada para fornos, onde reage estimulada por correntes elétricas e torna-se alumínio líquido.
Depois, o alumínio líquido é encaminhado para a fundição, onde torna-se novamente sólido e surge, assim, o alumínio primário, que é moldado e assume quatro formas diferentes: lingotes, tarugos, placas e vergalhões.
Segundo dados da CBA, atualmente a fábrica de Alumínio tem capacidade de produção de 350 mil toneladas por ano de alumínio primário. Com a expansão, a estimativa da empresa, é que a produção anual aumente para 430 mil toneladas por ano.
Já a capacidade atual de produção de alumínio transformado é de 179 mil toneladas por ano. E a capacidade de reciclagem atual é de 235 mil toneladas por ano, considerando a fábrica de Alumínio e a Metalex.
Além dos cerca de R$ 2 bilhões de investimentos na fábrica da CBA, em Alumínio, a empresa também anunciou que pretende investir outros R$ 2 bilhões na produção de bauxita no Pará, no chamado projeto Alumina Rondon.
Ainda na região Nordeste, a CBA também fará investimentos de R$ 150 milhões em um projeto de geração de energia eólica, na divida entre Pernambuco e Piauí. O fornecimento de energia será destinado às fábricas de Alumínio e de Itapissuma, com início previsto para 2023.
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