
Os vereadores de Sorocaba decidiram arquivar, nesta quinta-feira (3), o pedido apresentado pelo ex-prefeito José Crespo (sem partido) para abertura de uma investigação contra o atual prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). A proposta foi rejeitada por 18 votos a sete.
O pedido tinha como base denúncias recentes de supostas irregularidades na área da saúde e outras investigações envolvendo a atual gestão. O foco principal era a operação “Copia e Cola”, conduzida pela Polícia Federal, que revelou possíveis fraudes e movimentações suspeitas na administração municipal.
Durante a sessão, apoiadores do prefeito se manifestaram contrários à abertura da investigação. Após o arquivamento, Crespo declarou que pretende levar o caso ao Ministério Público e avalia ingressar com uma ação popular na Justiça.
O que dizia o pedido de Crespo
No documento, José Crespo acusa o prefeito Rodrigo Manga de uma série de irregularidades que, segundo ele, comprometem a integridade da gestão pública e a confiança da população. Ele menciona contratos supostamente fraudulentos, desvios de recursos públicos e favorecimento político.
Entre os casos citados estão:
- O bloqueio de bens de Manga no caso dos kits de robótica;
- A compra de lousas digitais com suspeita de superfaturamento de R$ 11 milhões;
- Contratos de cursos para servidores;
- Aquisição de um prédio pela Secretaria de Educação, com condenação em primeira instância.
Também foram mencionadas reportagens sobre:
- Compra de imóvel com suposto uso de dinheiro vivo;
- Pagamentos da igreja da irmã da primeira-dama a uma empresa ligada a ela;
- Negociações com entidades investigadas por corrupção antes das eleições;
- Saques fracionados de R$ 1,2 milhão em contas da prefeitura.
Além disso, o ex-prefeito criticou o uso de servidores municipais em produções de vídeos institucionais que, segundo ele, continham desinformações.
Base legal e histórico
Crespo baseou a denúncia no Decreto-Lei nº 201/1967, que trata dos crimes de responsabilidade de prefeitos. O mesmo decreto foi utilizado em processos que culminaram em suas duas cassações pela Câmara Municipal: a primeira em 2017, revertida na Justiça, e a segunda, em 2019, com perda definitiva do mandato por causa do caso conhecido como “falso voluntariado”.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.