Câmara de Sorocaba arquiva pedido de investigação contra prefeito Rodrigo Manga

Rodrigo Manga É Favorito À Reeleição Em Sorocaba Com 59% De Vantagem, Segundo Big Data

Os vereadores de Sorocaba decidiram arquivar, nesta quinta-feira (3), o pedido apresentado pelo ex-prefeito José Crespo (sem partido) para abertura de uma investigação contra o atual prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). A proposta foi rejeitada por 18 votos a sete.

O pedido tinha como base denúncias recentes de supostas irregularidades na área da saúde e outras investigações envolvendo a atual gestão. O foco principal era a operação “Copia e Cola”, conduzida pela Polícia Federal, que revelou possíveis fraudes e movimentações suspeitas na administração municipal.

Durante a sessão, apoiadores do prefeito se manifestaram contrários à abertura da investigação. Após o arquivamento, Crespo declarou que pretende levar o caso ao Ministério Público e avalia ingressar com uma ação popular na Justiça.

O que dizia o pedido de Crespo

No documento, José Crespo acusa o prefeito Rodrigo Manga de uma série de irregularidades que, segundo ele, comprometem a integridade da gestão pública e a confiança da população. Ele menciona contratos supostamente fraudulentos, desvios de recursos públicos e favorecimento político.

Entre os casos citados estão:

  • O bloqueio de bens de Manga no caso dos kits de robótica;
  • A compra de lousas digitais com suspeita de superfaturamento de R$ 11 milhões;
  • Contratos de cursos para servidores;
  • Aquisição de um prédio pela Secretaria de Educação, com condenação em primeira instância.

Também foram mencionadas reportagens sobre:

  • Compra de imóvel com suposto uso de dinheiro vivo;
  • Pagamentos da igreja da irmã da primeira-dama a uma empresa ligada a ela;
  • Negociações com entidades investigadas por corrupção antes das eleições;
  • Saques fracionados de R$ 1,2 milhão em contas da prefeitura.

Além disso, o ex-prefeito criticou o uso de servidores municipais em produções de vídeos institucionais que, segundo ele, continham desinformações.

Base legal e histórico

Crespo baseou a denúncia no Decreto-Lei nº 201/1967, que trata dos crimes de responsabilidade de prefeitos. O mesmo decreto foi utilizado em processos que culminaram em suas duas cassações pela Câmara Municipal: a primeira em 2017, revertida na Justiça, e a segunda, em 2019, com perda definitiva do mandato por causa do caso conhecido como “falso voluntariado”.