
No dia 3 de outubro, a Prefeitura de Sorocaba apresentou à população um novo aplicativo da Defesa Civil, com a proposta de oferecer informações em tempo real sobre áreas sujeitas a alagamentos e vias interditadas. A iniciativa, segundo o governo municipal, busca melhorar a comunicação em momentos de emergência e reforçar a prevenção diante das mudanças climáticas e da chegada do período chuvoso.
A ferramenta utiliza mapas interativos e geolocalização para indicar os pontos críticos da cidade. No entanto, moradores têm demonstrado preocupação com a forma como algumas regiões foram classificadas. Vias que historicamente enfrentam alagamentos mesmo com chuvas moderadas aparecem no aplicativo como áreas de “média probabilidade de alagamento”, sinalizadas em laranja.
Um exemplo é a Avenida Quinze de Agosto, localizada às margens do rio Sorocaba. O trecho próximo ao bairro Retiro São João costuma ser um dos primeiros a ser interditado quando o nível da água sobe. Ainda assim, o aplicativo não a considera como área de alto risco.
A mesma classificação foi atribuída à Avenida Dom Aguirre, inclusive em seu trecho próximo ao Parque das Águas, e à Avenida Juvenal de Campos. No bairro Vitória Régia, ruas como José Martinez Peres, Orsélio Pereira e a Chácara Recreio Feliz — todas com histórico de alagamentos frequentes — também aparecem com risco médio.
Outros locais que costumam enfrentar transtornos durante temporais, como a Praça da Bandeira, o Terminal Santo Antônio (na Avenida Afonso Vergueiro), a parte baixa da Avenida Antônio Carlos Comitre e trechos das Avenidas Itavuvu e Ipanema, sequer foram classificados no mapa de risco.
Por outro lado, o aplicativo aponta como áreas de alto risco (em vermelho) alguns pontos específicos, como a Rua Jacutinga, a Viela Córrego no bairro Nova Esperança e o final da Alameda dos Lírios, no Jardim Simus — todos próximos a córregos.
A prefeitura afirma que o aplicativo representa um avanço na gestão de riscos e na relação direta com os moradores. A promessa é de uma comunicação mais rápida e precisa, com alertas meteorológicos e informações sobre interdições em tempo real.
Apesar da proposta positiva, a população espera que as classificações sejam revistas com base na realidade enfrentada por quem vive nas áreas mais vulneráveis. Afinal, quando a chuva chega, o que está no mapa precisa refletir o que acontece nas ruas.

Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalhou no jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão, na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.




