Na semana passada, o aluno Henrique Nunes (13) ganhou um presente mais que especial na EMEF Paulo Ricardo da Silveira Santos, em São Roque (SP). Professores e seus colegas de sala lhe entregaram uma cadeira de rodas especial, adequada a ele, pois a sua estava em situação precária. Além dela, ele ganhou também uma cadeira de banho.
A coordenadora da escola, Veronica Spinha, conta que tudo começou quando uma das professoras do AEE (Atendimento Especializado na Escola), Virginia Fernandes, começou a observar que Henrique estava com dificuldades com a cadeira que utilizava. Como não tinha cinto de segurança, o menino não conseguia se manter sentado e corria o risco de cair mais uma vez. “Inclusive, o Henrique caiu da cadeira que usava, quebrou o fêmur e ficou dois meses sem vir para a escola”, explica Virginia.
Com a escola toda se comovendo com a situação, ideias não faltaram. As professoras até pensaram em realizar rifas para a arrecadação, mas como a cadeira era de custo elevado, isso não iria adiantar.

A professora, sabendo de toda a situação financeira da família do aluno, lembrou do projeto da CCR ViaOeste chamado “Lacre Solidário” e entrou em contato com José Ricardo, que trabalha na empresa. O projeto consiste em reverter lacres de latinha de alumínio em cadeiras de rodas. O Correio conversou com ele que comentou que várias escolas das cidades da região já foram beneficiadas com as cadeiras.
Mas como o caso do aluno era diferente, e sua cadeira deveria ser específica a sua situação, a empresa não teria para ajudar. José Ricardo então se comoveu com toda a situação e por si só comprou as duas cadeiras e doou para que a escola junto aos alunos, fizessem a entrega ao menino. “Eu me interessei pelo caso pelo fato da Virgínia ter me explicado toda a situação da família do menino Henrique”, conclui José.
Henrique sofre de uma doença chamada Distrofia Muscular, doença essa em que os músculos do corpo enfraquecem progressivamente. O menino andou até seus oito anos e começou a sentir dores nas pernas. Então, com o passar do tempo, foi diagnosticado com essa patologia.
“Foi uma emoção muito grande, eu não imaginei que iriamos conseguir tão rápido. Todos nós, as professoras, toda a escola, ficamos felizes por termos conseguido ajudá-lo. As energias se uniram e deu certo”, conta a professora.